A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) na Cidade de Maputo, por intermédio do seu primeiro secretário, António Niquice, acusou o partido PODEMOS de ter realizado manobras fraudulentas durante as eleições de 9 de outubro de 2024. Segundo Niquice, o PODEMOS teria recorrido ao enchimento de urnas com boletins pré-votados, numa tentativa de garantir a vitória nas eleições, mas que, mesmo com essas práticas, não conseguiu superar o partido no poder.
"Vimos claramente o PODEMOS a introduzir boletins de voto já preenchidos nas urnas, num claro ato de fraude eleitoral", afirmou Niquice. Contudo, ele destacou que essas ações foram infrutíferas, já que a FRELIMO e o seu candidato obtiveram uma vitória expressiva, com 58% e 53% dos votos, respetivamente.
A acusação surge em meio a um clima de tensão política pós-eleitoral, marcado por denúncias de irregularidades por várias partes. Embora o PODEMOS tenha sido alvo destas alegações, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. As autoridades eleitorais, por sua vez, não confirmaram a veracidade das acusações, mantendo o discurso de que o processo foi "pacífico e transparente".
Niquice sublinhou que a tentativa de manipulação por parte do PODEMOS não conseguiu abalar a confiança do eleitorado na FRELIMO, que, segundo ele, demonstrou a sua preferência clara nas urnas.
Fonte: O País