Maputo amanheceu com uma cena de grande impacto nesta quinta-feira, quando uma chama gigante foi acesa no cruzamento entre as avenidas 24 de Julho e Karl Marx, marcando o início da segunda etapa da greve nacional convocada por Venâncio Mondlane, candidato à presidência da República pelo partido PODEMOS. A greve visa contestar a alegada fraude eleitoral e denunciar os assassinatos recentes de Elvino Dias e Paulo Guambe, figuras ligadas à oposição.
Enquanto o coração da capital arde em protesto, o cenário em outras cidades e vilas municipais permanece calmo e sereno, sem sinais de manifestações similares. No entanto, a tensão paira no ar, com a expectativa de que os protestos ganhem força nos próximos dias. Mondlane, que lidera os movimentos de contestação, declarou que esta greve é uma resposta direta ao que chama de "atropelos à democracia" nas eleições de 9 de outubro de 2024.
A greve, que deve se estender até amanhã, já atraiu atenção nacional e internacional, com as ruas de Maputo sendo o epicentro das manifestações mais visíveis. Manifestantes acenderam a chama como símbolo de resistência, enquanto os transeuntes observavam com apreensão o desenrolar dos acontecimentos. Autoridades ainda não se pronunciaram sobre os atos, mas a polícia permanece em alerta para eventuais distúrbios.
A população aguarda por respostas das lideranças políticas, enquanto a cidade de Maputo mantém seu olhar fixo na chama que reflete o estado de espírito de uma nação em busca de justiça.