A guerra cibernética entre militantes da FRELIMO e do PODEMOS intensificou-se nas últimas semanas, com um confronto direto nas redes sociais envolvendo 70% de membros da FRELIMO e 20% de apoiantes do PODEMOS. O conflito digital começou após uma onda de denúncias coordenadas contra a página oficial de Venâncio Mondlane, candidato presidencial do PODEMOS, supostamente desencadeada por militantes da FRELIMO.
Essas ações de denúncia geraram indignação entre os apoiantes de Mondlane, que rapidamente expuseram publicamente os supostos promotores dessas atividades, identificados em grupos de interação da FRELIMO. Os membros do PODEMOS, por meio de várias plataformas sociais, ameaçaram os envolvidos, prometendo "visitas" às suas residências para que explicassem as motivações por trás das denúncias.
Além disso, os membros do PODEMOS acusam os que participaram dessas campanhas de estarem diretamente ligados às desgraças enfrentadas pelo povo moçambicano, incluindo o enchimento de urnas e a manipulação dos resultados eleitorais nas eleições de 9 de outubro de 2024. Eles também responsabilizam esses indivíduos pela morte e ferimentos de jovens que participaram das manifestações da semana passada, protestando contra os resultados eleitorais.
Até o momento, as autoridades moçambicanas não se pronunciaram sobre os ciberataques ou as ameaças feitas entre os membros dos dois partidos. No entanto, a escalada de tensões no ambiente virtual reflete a crescente polarização política no país, enquanto o descontentamento com o processo eleitoral se traduz tanto nas ruas quanto no espaço digital.
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