Um grupo crescente de desmobilizados, ex-combatentes e veteranos de guerra está deixando um alerta contundente ao governo da FRELIMO, manifestando sua insatisfação com a forma como o governo tem lidado com a população e a crescente repressão policial. Em um discurso direto, os desmobilizados lembraram ao governo que muitos deles foram formados militarmente e possuem treinamento especializado, acumulado ao longo de anos de serviço, e que não irão tolerar os abusos cometidos contra o povo.
"Esqueceu-se que milhares de nós fomos formados como militares. Alguns desmobilizados após dois anos de serviço, outros expulsos, desertores por várias causas, e ainda há os do programa DDR (Desarmamento, Desmobilização e Reintegração)", destaca o grupo, apontando que essa força treinada, agora fora do ativo, poderia reagir contra os abusos.
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A insatisfação cresce com os relatos de uso excessivo de força por parte da polícia moçambicana durante protestos, além das mortes de soldados em Cabo Delgado, em um conflito que muitos veteranos classificam como "mal gerido" pelo governo. "Essas brincadeiras vão parar, e desta vez o governo pode se arrepender profundamente. Não vamos tolerar essas 'Mariazinhas' da polícia, que morrem como cães vira-latas em Cabo Delgado", protestam os ex-combatentes, em um tom de revolta contra as perdas humanas e a falta de dignidade no tratamento dado às forças de segurança.
A ameaça velada também envolve o acesso às armas. Segundo o grupo, se a situação continuar a se deteriorar, eles próprios poderão ter acesso às armas atualmente utilizadas para reprimir manifestações. "Essas mesmas armas que estão a usar para matar a população serão entregues por eles mesmos", alertaram, sugerindo que a atual estratégia do governo pode culminar em uma reação severa e organizada.
Esse alerta dos desmobilizados revela uma tensão crescente entre o governo da FRELIMO e uma parcela significativa da sociedade que se sente injustiçada e desprezada, especialmente em um contexto de crescente repressão às manifestações populares.
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