Durante as comemorações da vitória da FRELIMO nas eleições gerais de 9 de outubro de 2024, o candidato a governador da Província da Zambézia, Pio Matos, fez um discurso inflamatório em resposta à oposição e às tensões eleitorais. Com uma retumbante vitória de 70%, atribuída pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), Matos afirmou categoricamente que não irá entregar o poder a Venâncio Mondlane e ao partido PODEMOS.
Pio Matos, referindo-se ao histórico de Moçambique, citou o falecido líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, dizendo que, apesar de ter lutado com armas, nunca chegou a governar o país. "Se nem Dhlakama, que tinha armas, governou Moçambique, muito menos um Venâncio Mondlane, que só tem a boca, vai tomar o poder", declarou Matos, ressaltando a força militar e política da FRELIMO. Ainda mais, chamou os manifestantes na Zambézia de fracos e sem agenda.
Afirmando que apenas a FRELIMO detém as armas, Matos insinuou que o poder político no país está vinculado à capacidade de controlar o aparato militar, enviando uma mensagem clara à oposição. Este discurso inflamado ocorre num momento de grande tensão política, com a oposição contestando os resultados eleitorais e denunciando fraudes e manipulações no processo.
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As declarações de Matos vêm reforçar a postura firme da FRELIMO, ao mesmo tempo em que inflamam o debate sobre a legitimidade e o futuro do processo democrático em Moçambique.
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