A Polícia da República de Moçambique (PRM) instaurou, de forma tímida, um processo criminal contra Venâncio Mondlane, candidato à presidência pelo partido PODEMOS, acusando-o de incitar atos de vandalismo e destruição de patrimônios do Estado, incluindo a queima de um posto policial durante os recentes protestos que abalaram o país.
Apesar de sua ação contra Mondlane, a PRM tem sido criticada por ignorar os próprios abusos cometidos por suas forças durante as manifestações, como o uso de balas reais, gás lacrimogêneo expirado e o assassinato de vários manifestantes. Nos últimos três dias de protestos, houve diversos relatos de violência policial desenfreada, mas as autoridades se mantêm em silêncio sobre essas acusações, o que tem gerado uma crescente indignação popular.
A abertura do processo contra Mondlane, por sua vez, parece refletir uma obsessão da PRM em desestabilizar a campanha do candidato, em vez de garantir a ordem e investigar as ações da própria polícia. A postura da PRM tem sido considerada por muitos como uma tentativa de silenciar a oposição e desviar a atenção das práticas violentas que ocorreram durante as manifestações, em especial no contexto político pós-eleitoral.
Enquanto Mondlane e seus aliados são alvo de processos judiciais, as denúncias de brutalidade policial permanecem sem investigação, levantando questões sobre imparcialidade e justiça no manejo dos eventos recentes. A polícia, até o momento, não respondeu às críticas públicas sobre sua conduta nos protestos.
Junte-se ao canal Radar Magazine — MZ 🗞️📰 Notícias de Moçambique 🌐 (Índico News) no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VafrN6E8aKvAYGh38O2p