Tete, Moçambique – A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Tete negou, nesta quinta-feira, que o tiro que atingiu um jovem manifestante durante uma manifestação tenha sido disparado por agentes da corporação. O incidente ocorreu em meio a um protesto marcado por confrontos entre manifestantes e forças policiais, aumentando a tensão e os questionamentos sobre o uso da força policial nas manifestações.
A declaração da PRM, isentando-se de responsabilidade pelo disparo, levantou dúvidas sobre a veracidade dos fatos, principalmente pelo fato de que a polícia é uma das poucas instituições autorizadas a portar armas no país. Segundo analistas e líderes comunitários, é improvável que manifestantes estejam armados de forma organizada a ponto de dispararem contra seus próprios grupos, o que reforça as dúvidas sobre o ocorrido.
Esse caso em Tete é apenas um dos episódios recentes envolvendo confrontos em manifestações no país. Em diversas cidades moçambicanas, a população tem se mobilizado para protestar contra questões socioeconômicas e políticas que afetam o cotidiano, gerando um clima de frustração e tensão social. Em resposta, a PRM tem sido acusada de usar força excessiva para dispersar os manifestantes, o que gerou uma série de críticas e preocupações entre organizações de direitos humanos.
Setores críticos à ação policial alegam que o uso desproporcional da força tem contribuído para agravar os conflitos e aumentar o número de vítimas durante os protestos. Em contrapartida, defensores da corporação afirmam que a PRM age dentro dos limites da lei, com o objetivo de garantir a segurança pública e restaurar a ordem diante de manifestações que, segundo eles, podem resultar em desordens graves.
O incidente em Tete reflete a crescente tensão em Moçambique e evidencia o desafio enfrentado pelas autoridades para equilibrar o direito à manifestação com a manutenção da ordem pública. Enquanto isso, os apelos por uma investigação independente sobre o disparo que feriu o jovem manifestante se intensificam, com a sociedade civil cobrando maior transparência e responsabilidade na atuação da PRM em eventos como esse.
Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®||
Fonte: Livenews48|| Imagem: Arquivo Radar
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