No sábado, 26 de outubro, a cidade de Mecanhelas, na província do Niassa, foi palco de uma tragédia que manchou o ambiente de celebração da vitória do partido FRELIMO nas eleições de 9 de outubro, liderado pelo candidato presidencial Daniel Chapo. O que deveria ser uma festa, rapidamente se transformou em um confronto violento entre a Polícia da República de Moçambique (PRM) e manifestantes, resultando em vítimas.
De acordo com a porta-voz da PRM, a situação escalou quando membros do partido PODEMOS, que se encontravam no local, começaram a contestar a celebração, gerando desordem. A polícia alega que, em meio ao caos, os manifestantes teriam tentado desarmar um dos agentes, levando a PRM a reagir com disparos para conter a situação.
Entretanto, essa ação culminou em feridos e, tragicamente, um dos manifestantes acabou por perder a vida no hospital. A polícia argumenta que a medida foi necessária para restabelecer a ordem, mas críticos apontam para um uso excessivo da força, levantando questões sobre a legitimidade da resposta policial.
Grupos de direitos humanos e opositores políticos já começam a classificar o incidente como um "genocídio", destacando que a manifestação ocorria de forma pacífica até a intervenção da polícia. O uso de armas letais para supostamente impedir o desarmamento de um agente levanta sérias preocupações sobre o protocolo policial em eventos como este, onde o diálogo deveria prevalecer sobre a violência.
Durante a conferência de imprensa, as autoridades indicaram que estão em busca dos "líderes" do grupo que provocou a confusão, com o objetivo de capturá-los e responsabilizá-los pelos distúrbios. No entanto, para muitas vozes na sociedade civil, essa narrativa parece ser uma tentativa de justificar o uso desproporcional de força e camuflar um episódio de repressão brutal contra manifestantes que, segundo testemunhas, marchavam pacificamente.
Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®||
Fonte: TV Sucesso|| Imagem: Arquivo Radar
Junte-se ao canal Radar Magazine — MZ 🗞️📰 Notícias de Moçambique 🌐 (Índico News) no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VafrN6E8aKvAYGh38O2p