O corpo de Bernardo Lidimba, diretor-geral dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), chegou à morgue do Hospital Militar em Maputo após uma morte controversa em um alegado acidente de viação próximo à fronteira entre Moçambique e o Zimbábue. As circunstâncias da tragédia têm gerado especulações e preocupações, levantando questões sobre uma possível "queima de arquivo".
Após participar de uma reunião do Comando Conjunto das Forças de Defesa e Segurança em Maputo, Lidimba teria partido em uma missão confidencial ao norte de Gaza sem a presença de colegas habituais. Fontes sugerem que essa missão pode estar relacionada à atual instabilidade política e à movimentação de material repressivo para conter manifestações ligadas ao contestado resultado das eleições.
Lidimba, nome de guerra “Tchombe” e terceiro chefe da secreta na administração Nyusi, teria demonstrado inquietações sobre a direção ideológica da FRELIMO e a presença de financiamento estrangeiro em protestos que ele acreditava serem destinados a desestabilizar o regime. Esta morte repentina evoca o mistério que envolveu a morte do ex-chefe da secreta, José Castiano de Zumbire, falecido em 2004 sob circunstâncias igualmente misteriosas, com suspeitas de envenenamento nunca comprovadas.
O Ministério do Interior anunciou uma investigação formal, mas o histórico de incidentes semelhantes gera ceticismo quanto à possibilidade de esclarecimentos completos.
Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®||
Fonte: Canalmoz|| Imagem: Arquivo