Assassinatos de membros do PODEMOS visam bloquear impugnação geral das eleições de 9 de Outubro, afirma Albino Forquilha


O presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, denunciou que os recentes assassinatos de figuras ligadas ao partido, como o advogado Elvino Dias e o colaborador Guambe, têm o objetivo de silenciar as ações de impugnação das eleições gerais de 9 de outubro de 2024. Segundo Forquilha, tanto Elvino quanto Guambe estavam profundamente envolvidos na coleta de provas para uma impugnação geral do processo eleitoral.

"Foram mortes orquestradas para interromper o trabalho que estava sendo feito. Estamos em um momento crucial, em que concluímos as impugnações a nível estadual, e esses assassinatos claramente visam impedir que possamos levar a cabo a preparação de uma reclamação formal à justiça", afirmou Forquilha durante uma entrevista.

O líder do PODEMOS destacou que a situação não afeta apenas o partido, mas toda a população moçambicana que exige transparência e justiça eleitoral. "Esses assassinatos não são apenas ataques ao PODEMOS, mas também àqueles moçambicanos que votaram no nosso partido e em Venâncio Mondlane, acreditando em uma mudança verdadeira. Eles são parte de um esforço maior para sufocar a verdade e impedir que o povo tenha voz na correção das irregularidades cometidas", acrescentou.

Elvino Dias, advogado e assessor próximo de Venâncio Mondlane, foi brutalmente assassinado em Maputo em 19 de outubro de 2024, em um crime que chocou a nação e levantou suspeitas sobre a atuação de esquadrões da morte no contexto político. Guambe, também vinculado ao processo de impugnação, foi morto na sequência dos 25 tiros na mesma viatura.

As eleições de 9 de outubro têm sido marcadas por uma série de alegações de fraude e manipulação, levando o PODEMOS a contestar os resultados em diversas províncias. Forquilha acredita que o assassinato de seus colegas foi uma tentativa deliberada de enfraquecer as ações judiciais que estavam sendo preparadas contra o processo eleitoral.

A impugnação geral, de acordo com fontes internas do partido, seria baseada em uma série de irregularidades documentadas, incluindo enchimento de urnas e intimidação de eleitores. O partido permanece determinado em continuar a luta pela anulação dos resultados eleitorais, apesar das ameaças e atos de violência.

Forquilha finalizou seu pronunciamento pedindo à comunidade internacional que preste mais atenção à situação em Moçambique. "Estamos enfrentando um cenário perigoso, onde a violência é usada como ferramenta política para garantir que a injustiça prevaleça. Precisamos de apoio para assegurar que a democracia seja restaurada."

O PODEMOS, com Venâncio Mondlane como seu candidato presidencial, tem liderado a oposição nas denúncias de fraude eleitoral, e os últimos acontecimentos apenas aumentam a tensão em torno do resultado final das eleições de 2024.

Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®|| Fonte: O País|| Imagem: Arquivo Radar

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