Na tarde de hoje, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, presidida pelo bispo Carlos Matsinhe, proclamou oficialmente Daniel Francisco Chapo como o 5º presidente da República de Moçambique. O advogado e político, nascido em Inhaminga a 6 de janeiro de 1977, obteve cerca de 70,67% dos votos, consolidando sua vitória nas eleições presidenciais e legislativas realizadas em 9 de outubro de 2024.
Os resultados detalhados pela CNE revelam uma ampla margem de vitória para Daniel Chapo, particularmente nas províncias de maior peso eleitoral, como Nampula e Sofala, onde superou seus adversários com números expressivos.
Cidade de Maputo:
Lutero Simango: 10 mil votos
Daniel Chapo: 200 mil votos
Venâncio Mondlane: 128 mil votos
Província de Nampula:
Lutero Simango: 31 mil votos
Daniel Chapo: 504 mil votos
Venâncio Mondlane: 216 mil votos
Ossufo Momade: 90 mil votos
Província de Inhambane:
Lutero Simango: 13 mil votos
Daniel Chapo: 329 mil votos
Venâncio Mondlane: 80 mil votos
Ossufo Momade: 15 mil votos
Província de Sofala:
Lutero Simango: 42 mil votos
Daniel Chapo: 405 mil votos
Venâncio Mondlane: 150 mil votos
Ossufo Momade: 20 mil votos
Província de Cabo Delgado:
Lutero Simango: 17 mil votos
Daniel Chapo: 250 mil votos
Venâncio Mondlane: 96 mil votos
Ossufo Momade: 32 mil votos
Eleições Presidências - Dados Gerais
- Lutero Simango: 223.066 votos (3.21%)
- Daniel Chapo: 4.912.762 votos (70.67%)
- Venâncio Mondlane: 1.412.517 votos (20.32%)
- Ossufo Momade: 403.591 votos (5.81%)
Tabela referente a eleição de delegados de Candidatura por partido e província |
A CNE destacou que, durante a análise dos resultados, foi verificado que o número de votos em várias províncias superou o número de eleitores registados, uma situação que levantou suspeitas de irregularidades. No entanto, o bispo Carlos Matsinhe afirmou que o órgão eleitoral "não tem tempo" para realizar uma investigação aprofundada, optando por anunciar os resultados sem mais delongas.
Este anúncio coloca fim à contagem oficial, mas gera questionamentos sobre a integridade do processo eleitoral, com adversários de Chapo, como Venâncio Mondlane e Ossufo Momade, expressando preocupações sobre possíveis fraudes.
Com esta vitória, Daniel Chapo assume o cargo de presidente em um momento crucial para o futuro de Moçambique, enfrentando desafios políticos e sociais consideráveis. Ele sucede Filipe Nyusi, da FRELIMO, e promete continuar com a agenda de desenvolvimento e estabilidade no país.