Na tarde de ontem, 29 de outubro de 2024, um jovem foi sequestrado e brutalmente agredido por homens armados nas imediações de sua residência. O ataque ocorreu por volta das 16 horas, quando o jovem foi surpreendido ao sair de casa, sendo imediatamente encapuzado e levado a um destino desconhecido. Após ser transportado para um local remoto, o jovem foi trancado em um quarto escuro, onde iniciou-se um violento interrogatório.
Foto ilustrativa, não relacionada ao evento em alusão. |
Os sequestradores exigiam informações sobre o paradeiro do Engenheiro Venâncio Mondlane, figura central na oposição política moçambicana e alvo de uma intensa caçada por parte das autoridades. Mesmo sob tortura, o jovem afirmou desconhecer o paradeiro de Mondlane, postura que manteve mesmo após horas de agressões, que incluíram espancamentos brutais nos pés com o uso de paus.
Fontes próximas à vítima acreditam que os agressores seriam membros do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), o que aumenta as suspeitas de envolvimento estatal no ataque. O jovem, após ser submetido a horas de tortura, foi abandonado na Estrada de Zimpeto na manhã de hoje, 30 de outubro de 2024, desprovido de seu equipamento de trabalho, incluindo um laptop e seu telemóvel.
Atualmente, a vítima encontra-se sob cuidados médicos, tratando os ferimentos sofridos durante o sequestro. Este incidente expõe a crescente perseguição a simpatizantes de Venâncio Mondlane, muitos dos quais desconhecem seu paradeiro desde as eleições contestadas de 9 de outubro de 2024. O regime tem sido acusado de recorrer a violência para desmantelar qualquer resistência política, lançando mão de medidas drásticas como sequestros e torturas para intimidar os apoiantes da oposição.
A intensificação das ações violentas e a impunidade dos "Esquadrões da Morte", supostamente ligados ao regime, alimentam temores de uma crise política ainda mais profunda. A população moçambicana, cada vez mais alarmada, denuncia que o autoritarismo estatal está ultrapassando todos os limites, enquanto cidadãos comuns são alvos de abusos como forma de atingir os líderes opositores.
Este sequestro se soma a uma série de ações repressivas direcionadas a qualquer um com laços, reais ou presumidos, com Venâncio Mondlane. Analistas apontam que o episódio sublinha uma fase crítica na política moçambicana, em que a violência está sendo usada como ferramenta de controle e opressão, sufocando o direito à dissidência e à livre expressão.
O caso coloca em alerta tanto os defensores dos direitos humanos quanto a sociedade civil, que exigem uma resposta urgente para interromper a escalada de violência. Inúmeros apelos têm sido feitos para que membros das forças armadas e da polícia se unam à resistência pacífica contra o regime, na esperança de restabelecer a paz e garantir a segurança de todos os cidadãos.
Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®||
Fonte: A Voz Dos Que Não Têm Voz|| Imagem: Arquivo Radar
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