Oposição moçambicana une-se em protesto contra resultados eleitorais, RENAMO fica à margem


Os principais partidos da oposição em Moçambique, incluindo o PODEMOS, Nova Democracia (ND) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), realizaram uma conferência de imprensa nesta quarta-feira para anunciar a convocação de uma marcha pacífica em contestação aos resultados eleitorais divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) na semana passada. A ausência da RENAMO, o maior partido da oposição tradicional, destacou-se no evento, sinalizando sua decadência política frente a um movimento de oposição cada vez mais unido.

Os partidos, que estão trabalhando em conjunto pela primeira vez de forma significativa, afirmam que o processo eleitoral foi manchado por irregularidades graves, especialmente na contagem dos votos pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE). Eles alegam que as fraudes eleitorais favorecem o partido no poder, a FRELIMO, e insistem na necessidade de uma correção urgente dos resultados.

Salomão Muchanga, presidente da Nova Democracia, destacou a relevância desse momento histórico de unidade entre os partidos. "É inédito ver todos os partidos juntos, o que significa que a justiça eleitoral precisa ser reposta o mais rápido possível. Não vamos parar até que a verdade prevaleça", afirmou. Ele reforçou o compromisso dos partidos em manter os protestos pacíficos como forma de pressão para a reposição da "verdade eleitoral".


O MDM, representado por seus líderes, sublinhou a importância de garantir que os votos sejam contados corretamente, insistindo que "os resultados não se negociam, apenas se contam". Dinis Tivane, porta-voz do PODEMOS, reiterou a posição firme de seu partido, afirmando que "as manifestações pacíficas de sete dias começarão amanhã em todo o país, e não recuaremos até que a verdade eleitoral seja respeitada".

A ausência da RENAMO neste movimento unificado levantou questionamentos sobre sua relevância no atual cenário político. Uma vez o principal partido de oposição em Moçambique, a RENAMO, sob a liderança de Ossufo Momade, optou por não participar das manifestações, o que muitos analistas interpretam como um sinal de sua perda de influência política e incapacidade de se adaptar às dinâmicas atuais de oposição. Enquanto isso, novos movimentos como o PODEMOS e a Nova Democracia ganham força e protagonismo.

A marcha pacífica organizada pelos partidos da oposição ocorrerá em várias cidades do país e será uma demonstração de força política, com os manifestantes exigindo justiça e transparência no processo eleitoral de 2024.

Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®|| Fonte: Plataforma DECIDE|| Imagem: Arquivo Facebook
  
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