A população de Nampula protagonizou, na última segunda-feira, uma grande manifestação contra os resultados eleitorais que favorecem a FRELIMO, exigindo respeito pela vontade popular e a liderança de Venâncio Mondlane, candidato do PODEMOS. A revolta estourou após a Polícia da República de Moçambique (PRM), sob ordens do comandante-geral Bernardino Rafael, usar força letal e balas de borracha para dispersar civis que aguardavam pacificamente a chegada de Mondlane.
De acordo com testemunhas, os manifestantes gritavam "Chega!" e "Deixem Venâncio governar!", enquanto entoavam o nome de Mondlane em sinal de apoio. A reação violenta da PRM, que incluiu o uso de gás lacrimogéneo, acentuou a revolta popular. Os manifestantes, respaldados pelo artigo 51 da Constituição da República de Moçambique, que garante o direito à manifestação pacífica, desafiaram a repressão policial e expressaram sua indignação contra o que consideram uma ditadura consolidada pelo partido no poder.
As ruas de Nampula se transformaram em palco de confronto, com a população firmemente posicionada contra os alegados resultados fraudulentos e a repressão que, segundo os manifestantes, visa silenciar a voz do povo.
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