Membros dos Órgãos Eleitorais de um dos distritos da província de Gaza denunciaram, recentemente, o que estão chamando de "mega-fraude" que favoreceu a FRELIMO nas eleições gerais de 9 de outubro de 2024. As acusações apontam para um esquema organizado que teria garantido a vitória de Daniel Chapo, candidato da FRELIMO, com uma margem de 80% dos votos, em um processo eleitoral que agora é colocado em dúvida por parte dos envolvidos.
De acordo com as fontes internas, a fraude teria sido planejada e executada de forma a favorecer claramente a FRELIMO, perpetuando um ciclo de manipulação que já vinha sendo criticado por setores da oposição e sociedade civil. "Foi um processo coordenado para garantir a vitória de Chapo. Não houve qualquer tentativa de disfarçar as irregularidades", afirmou um dos membros que preferiu não ser identificado, temendo represálias.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) foram chamados a investigar e agir de maneira transparente diante das crescentes acusações de irregularidades. Contudo, até o momento, não houve nenhuma declaração oficial das autoridades responsáveis sobre as denúncias feitas. Abaixo o enxerto da mensagem relativa a denúncia:
Grupos de observadores eleitorais locais e internacionais também pedem explicações sobre as discrepâncias nos números de eleitores e nos resultados divulgados. O Consórcio Mais Integridade, que já havia alertado para irregularidades, agora exige uma revisão completa dos votos em Gaza, uma província que historicamente sempre deu apoio massivo ao partido no poder, mas cuja margem de vitória nesta eleição está sendo fortemente contestada.
Líderes da oposição em Gaza, como representantes do partido RENAMO e do PODEMOS, também se manifestaram contra os resultados, classificando-os como fraudulentos. Albino Forquilha, líder de PODEMOS, destacou que a manipulação eleitoral compromete a integridade do processo democrático e ameaça a estabilidade política do país.
As autoridades locais, por sua vez, parecem relutantes em responder às denúncias, enquanto a pressão pública continua a crescer.