REPRESSÃO VIOLENTA EM MAPUTO: Ramaphosa conivente nos ataques a manifestantes na Cidade de Maputo


Uma grave acusação surgiu após as manifestações de 21 de outubro de 2024 em Maputo, apontando para o envolvimento direto da África do Sul na repressão violenta contra manifestantes moçambicanos. De acordo com informações que circulam entre a população, o helicóptero que sobrevoou os bairros de Maxaquene, Polana Caniço e Laulane, lançando gás lacrimogéneo fora do prazo de validade sobre residências de cidadãos indefesos, teria vindo da África do Sul com a autorização do presidente Cyril Ramaphosa, a pedido de Filipe Nyusi e do partido FRELIMO.

O ataque resultou na hospitalização de vários moradores, incluindo crianças recém-nascidas, em estado grave devido à exposição ao gás. O diretor do Hospital Central de Maputo já havia confirmado a admissão de diversos pacientes em decorrência da manifestação, e agora surgem novos relatos de que o ataque aéreo foi uma das causas do grande número de vítimas. Segundo testemunhas, a matrícula da aeronave e o piloto, descrito como um indivíduo de raça branca, foram visíveis, reforçando a denúncia de que a ação foi coordenada em conjunto com as forças sul-africanas.

Este episódio levanta sérias preocupações sobre a conivência da África do Sul em operações de repressão popular em Moçambique, num momento em que o país atravessa uma crise política profunda. A colaboração internacional para suprimir manifestações pacíficas coloca em questão os compromissos da região com os direitos humanos e a democracia.

Diante desta escalada, há um clamor crescente para que organizações regionais, como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), intervenham para assegurar que as forças externas não sejam usadas para intensificar a repressão interna em Moçambique. A integridade e soberania do povo moçambicano devem ser respeitadas, e a SADC, junto com outras organizações internacionais, é chamada a agir com urgência para evitar que Moçambique mergulhe em um conflito mais profundo.

A denúncia da participação da África do Sul neste ataque representa uma violação grave dos princípios de cooperação regional pacífica e levanta questionamentos sobre o papel de Ramaphosa e do governo sul-africano neste contexto. A pressão para uma resposta rápida e decisiva aumenta, enquanto os manifestantes continuam a exigir que a voz do povo seja respeitada e que os culpados por atos de violência sejam responsabilizados.

Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®||Imagem: Arquivo Radar

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