Maputo, Moçambique – A ação violenta de César Piedade, agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), durante manifestações pacíficas na cidade de Maputo, gerou indignação e temor entre a população local. De acordo com testemunhas e imagens registradas, o policial, alegadamente filiado ao partido FRELIMO, disparou várias vezes contra os manifestantes, deixando várias pessoas gravemente feridas. Algumas vítimas estão em estado crítico, lutando pela vida.
O incidente ocorreu em meio a marchas pacíficas nas ruas de Maputo, onde cidadãos protestavam contra os resultados das recentes eleições e exigiam maior transparência. A utilização de balas reais em uma situação de manifestação não violenta causou profunda comoção, com muitas vozes da sociedade civil condenando o uso excessivo de força.
César Piedade, apontado como o autor dos disparos, reside em Hulene, na Rua 10, e possui um veículo Toyota RAV4 branco, matrícula ACT, que costuma estacionar na rua. A exposição de sua identidade nas redes sociais e o compartilhamento de informações pessoais aumentaram a tensão, levantando questões sobre a segurança do agente e sua família, mas também sobre a responsabilidade que carrega pelo ato violento.
A relação alegada de Piedade com a FRELIMO trouxe mais combustível à controvérsia, com opositores criticando o uso da polícia para defender interesses partidários e questionando a imparcialidade das forças de segurança.
Ativistas de direitos humanos e líderes comunitários exigem investigações e que César Piedade e outros envolvidos no incidente respondam judicialmente por suas ações. A sociedade civil condena o que descrevem como uma repressão brutal contra manifestações legítimas e promete manter a mobilização até que justiça seja feita.
Até o momento, as autoridades não emitiram um comunicado oficial sobre o ocorrido, o que pode intensificar as pressões sobre o governo para responder às demandas da população.
Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®||
Fonte: Unay Cambuma|| Imagem: Arquivo Radar