Venâncio Mondlane, candidato presidencial pelo partido PODEMOS, anunciou hoje, de parte incerta, a segunda etapa das manifestações nacionais e gerais em Moçambique. Os protestos estão programados para os dias 24 e 25 de outubro e ocorrerão em todos os distritos, postos administrativos e bairros do país. A convocação, que mobiliza a população em repúdio aos resultados eleitorais fraudulentos divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), pretende amplificar as vozes dos cidadãos contra uma série de males que, segundo Mondlane, assolam a nação.
Entre as principais razões para esta nova etapa de manifestações estão o aumento alarmante de raptos e sequestros, que têm causado um clima de insegurança generalizada, e o uso de força desproporcional contra manifestantes desarmados. Mondlane denunciou, em especial, o uso de gás lacrimogéneo e balas reais pelas forças de segurança durante as manifestações anteriores, classificando tal ação como uma violação dos direitos humanos.
Sob o lema "Este País é Nosso, Salve Moçambique", a mobilização nacional promete ser um momento crucial para os movimentos sociais e políticos de oposição que têm lutado por um processo eleitoral mais transparente e justo. Mondlane, que continua sendo uma figura-chave na liderança da contestação eleitoral, reafirma que não descansará até que a vontade do povo seja respeitada. Afirmou ainda que a luta pela justiça eleitoral e pela liberdade de expressão será constante.
Com a expectativa de grande adesão popular e um aumento na repressão policial, a situação política em Moçambique se encontra cada vez mais tensa. As autoridades ainda não se pronunciaram sobre as medidas que serão tomadas para lidar com as manifestações. Entretanto, a população se prepara para mais dois dias de confrontos e resistência.
Venâncio Mondlane enfatiza que este é um momento decisivo para a democracia no país e apela à união de todos os moçambicanos em defesa dos direitos fundamentais e da soberania do povo.