Em um desenvolvimento alarmante, novas alegações apontam Nthego Crisanto Nthego, oficial do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), como o chefe dos esquadrões da morte responsáveis pelos assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe. Ambos os crimes ocorreram no contexto político das eleições de 9 de outubro de 2024, e têm sido amplamente atribuídos a forças obscuras ligadas ao atual cenário de instabilidade política em Moçambique.
Elvino Dias, advogado e assessor próximo de Venâncio Mondlane, líder do partido PODEMOS, foi brutalmente assassinado em Maputo em 19 de outubro de 2024. O assassinato de Paulo Guambe segue um padrão semelhante, com suspeitas de envolvimento de grupos ligados à repressão política.
Relatórios iniciais, ainda não confirmados oficialmente, sugerem que as ações destes esquadrões foram coordenadas com o objetivo de eliminar opositores políticos e figuras críticas ao processo eleitoral recente, considerado por muitos como fraudulento. A existência de operações clandestinas, incluindo o uso de tecnologias de vigilância sofisticadas, como satélites 5G, está sendo investigada.
A alegação foi divulgada em plataformas digitais, incluindo a página "Unay Cambuma" no Facebook, que se tornou um ponto de referência para denúncias de abusos de poder e violências políticas. A situação ainda está em desenvolvimento, embora o clima de impunidade em torno destes crimes continue a levantar preocupações entre a sociedade civil.
Essas mortes intensificam a crescente tensão em Moçambique, com manifestações e uma possível greve geral programada para os próximos dias, liderada por Venâncio Mondlane, em repúdio ao que muitos consideram ser um golpe contra a democracia no país.
As reações da comunidade internacional e dos grupos de direitos humanos também são aguardadas, enquanto os apelos por uma investigação independente crescem.
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