O candidato a Presidente da República, Venâncio Mondlane, vencedor das últimas eleições gerais segundo os resultados paralelos divulgados pelo partido PODEMOS (Ligação com todos editais que concedem vitória ao candidato, Venâncio Mondlane em 8 províncias no final deste artigo), fez um discurso contundente em que destacou que tribunais internacionais poderão responsabilizar aqueles que, segundo ele, "acham-se poderosos e estão a derramar sangue". Durante sua fala, Mondlane reforçou que esses atos de violência não passarão impunes e que haverá consequências para os envolvidos, referindo-se aos recentes episódios de violência e repressão política no país.
Mondlane sublinhou que chegou a hora do povo moçambicano tomar o poder em suas mãos, desencorajando o vandalismo de edifícios e estabelecimentos comerciais, mas exortando a população a sair às ruas de forma organizada. Ele pediu que os manifestantes utilizem panfletos e cartazes para expressar sua insatisfação, afirmando que "acabou para a FRELIMO". No entanto, o Presidente também deixou claro que, caso a polícia tente intimidar ou reprimir os protestos, os cidadãos devem agir em autodefesa, garantindo que ele próprio assumiria a responsabilidade por essas reações.
Mondlane dirigiu-se diretamente aos policiais, apelando para que deixem de ser manipulados e comecem a lutar pelos seus próprios direitos, sugerindo que a força policial tem sido usada para fins políticos pelo regime em vigor. Durante o discurso, ele fez uma referência cultural ao dialeto emakwa, popular entre os habitantes de Nampula, destacando o impacto da música "Venâncio Mondlane Onamantari-Ulá", que se tornou um símbolo de sua campanha eleitoral.
Ao finalizar seu pronunciamento, Mondlane apresentou o plano de resistência em quatro etapas, um movimento planejado para durar 25 dias, com o objetivo de "aterrorizar o regime de sangue". Ele explicou que cada dia corresponderá a um "tiro simbólico" de resistência, em homenagem ao advogado e assessor político Elvino Dias, brutalmente assassinado em um contexto de crescente repressão política. O Presidente acredita que essas etapas irão consolidar a luta do povo contra o regime, mobilizando o país inteiro para a mudança.
As Quatro Etapas da Resistência
PRIMEIRA ETAPA
Mobilização em Massa
Convocar a população para protestos pacíficos em todo o país, utilizando símbolos de resistência como panfletos e cartazes. Mondlane incentivou a organização comunitária para coordenar esses atos.
SEGUNDA ETAPA
Autodefesa
Preparação da população para reagir de forma defensiva contra qualquer intimidação ou violência policial. Mondlane enfatizou que não está a promover violência, mas a garantir que o povo tenha o direito de se proteger.
TERCEIRA ETAPA
Boicote Institucional
Incentivo à desobediência civil, como boicotes a instituições associadas ao regime. Mondlane acredita que essa estratégia enfraquecerá as estruturas de apoio ao governo.
QUARTA ETAPA:
25 Tiros de Resistência
Cada um dos 25 dias de mobilização representará um "tiro" simbólico, desferido contra o regime, como parte de uma homenagem ao herói Elvino Dias. Mondlane espera que, ao final desses 25 dias, o país esteja à beira de uma transformação política significativa.
O discurso de Mondlane marca um momento decisivo na política moçambicana, com um plano ousado de resistência popular, destacando-se pela combinação de mobilização em massa, autodefesa e desobediência civil.
Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®||
Fonte: Venâncio Mondlane Lives|| Imagem: Arquivo Radar
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