Manuel de Araújo, cabeça de lista da RENAMO para Governador da Zambézia e edil de Quelimane, juntou-se publicamente ao apelo de Venâncio Mondlane para manifestações contra os resultados eleitorais de 2024. Em uma carta aberta, Araújo convocou não apenas os residentes da Zambézia e Quelimane, mas todos os moçambicanos, tanto no país quanto na diáspora, para uma ação de protesto marcada para esta sexta-feira, 25 de outubro de 2024.
Araújo fez um chamado amplo, envolvendo diversos setores da sociedade moçambicana, desde jovens, funcionários públicos e privados, até membros das Forças Armadas de Defesa e Segurança de Moçambique, encorajando todos a ficarem em casa como forma de protesto contra o que ele descreve como uma "fraude eleitoral descarada" e a crescente onda de assassinatos políticos no país.
A mensagem de Araújo é poderosa e emocional, homenageando figuras históricas que lutaram pela independência de Moçambique, como Samora Machel, Uria Simango, Afonso Dhlakama, e até personalidades recentes, como o advogado Elvino Dias e Paulo Gwambe, que, segundo ele, foram vítimas do atual regime. Ele ressalta que o povo já não pode tolerar mais mortes e fraudes, clamando por um fim aos assassinatos e sequestros que têm assolado a sociedade moçambicana.
O apelo de Araújo vai além da simples crítica ao processo eleitoral. Ele convida intelectuais, figuras religiosas, líderes civis, professores, e até mesmo membros da elite política e econômica, como empresários e embaixadores, para refletirem sobre o estado do país. Citando líderes históricos e acadêmicos respeitados, como Graça Machel e João Carlos Colaço, Araújo sublinha que este é o momento para todos os cidadãos se unirem em prol de um futuro democrático, denunciando o que ele considera uma "violação descarada" da vontade popular.
Ele também faz referência à corrupção, criticando os autores da fraude eleitoral, acusando-os de incompetência até mesmo em "roubar" de forma eficaz, ao deixar rastros evidentes de irregularidades. Para Araújo, o país vive um momento crítico, onde o silêncio não é mais uma opção, e os cidadãos têm o dever de lutar pela sua pátria, tal como os heróis do passado.
Ao finalizar, Araújo apela à união nacional, independentemente de raça ou origem, convocando todos para que, nesta sexta-feira, fiquem em casa como um gesto de protesto pacífico, mas contundente. Ele exorta todos os moçambicanos a reflectirem sobre o caminho que desejam para o país, enquanto expressa sua homenagem às vítimas da repressão política, incluindo soldados desconhecidos que perderam suas vidas pela liberdade.
Com este chamado, Araújo se alinha com Venâncio Mondlane e outros líderes da oposição, fortalecendo o movimento que busca não apenas contestar os resultados eleitorais, mas também promover mudanças profundas no cenário político de Moçambique.
Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®||
Fonte: Manuel Araújo (Facebook)|| Imagem: Arquivo Radar
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