Diversas figuras públicas, incluindo músicos, ativistas e deputados, uniram-se ao apelo de Venâncio Mondlane, candidato presidencial do partido PODEMOS, para que os moçambicanos realizem um protesto em casa na próxima segunda-feira, 21 de outubro. Entre os nomes de destaque que aderiram ao movimento está Augusto Pelembe, deputado da Assembleia da República pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que manifestou seu apoio à greve e incentivou a população a não sair de casa.
O protesto, que está a ser promovido principalmente através das redes sociais, visa contestar a fraude eleitoral, o desemprego, o partidarismo e as más condições de vida no país. A mensagem central do movimento é que os cidadãos devem "ficar em casa" como uma forma de resistência pacífica.
"Dia 21 está combinado, a senha é ficar em casa", afirmou Augusto Pelembe em uma mensagem pública, destacando a importância de aderir à greve, que considera um direito constitucional de todos os moçambicanos.
Entre os ativistas que se juntaram ao apelo estão músicos influentes como Stewart Sukuma, que também utilizaram suas plataformas para incentivar a adesão ao protesto. "Junta-te ao movimento, dia 21 fica em casa", disse Sukuma. O jornalista Nádio Taimo foi outra voz de peso, apelando: "ninguém sai de casa, ninguém sai do kubico".
Além das personalidades do mundo artístico e político, empresários moçambicanos também expressaram seu apoio à greve, afirmando que fecharão os seus estabelecimentos comerciais em sinal de protesto. "Tudo o que faço relacionado com Moçambique vai parar", garantiram alguns deles.
O movimento de greve nacional, marcado para o dia 21 de outubro, surge em resposta às acusações de fraude eleitoral e ao descontentamento generalizado com a situação socioeconômica do país, sendo visto como uma demonstração de insatisfação e resistência pacífica da sociedade civil.