A Organização dos Trabalhadores de Moçambique – Central Sindical (OTM-CS) distanciou-se da greve geral convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, marcada para segunda-feira (21/10). A paralisação, que abrange os setores público e privado, é uma forma de contestar os resultados das eleições de 9 de outubro, que Mondlane considera fraudulentos.
No entanto, o sindicato alertou para "prejuízos incalculáveis" e avisou que funcionários que aderirem à greve poderão enfrentar sanções, como marcação de faltas, descontos salariais e até processos disciplinares, em conformidade com a lei laboral. Florêncio Quetane, representante da OTM-CS, destacou que a greve não foi coordenada com os sindicatos, que apenas convocam greves dentro dos termos legais do trabalho.
A Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique também criticou a convocação, alertando para os impactos negativos no já fragilizado cenário econômico do país. Agostinho Vuma, presidente da CTA, sublinhou a pressão adicional que a paralisação traria, especialmente num contexto de crise de divisas e aumento de feriados e tolerâncias de ponto.
Mondlane, por sua vez, defendeu que a greve é uma forma pacífica de protesto, sem intenções de ataques a instituições.